Sempre acompanhei os textos da escritora Martha Medeiros pela internet, mas confesso que esse é o primeiro livro que comprei da escritora.
Antes de começar a leitura imaginei que seria um “guia de viagens”, muito engano de minha parte, o livro é um amontoado de anotações de lugares, restaurantes, acontecimentos, sentimentos e sensações de algumas viagens de Martha.
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Sabe aquele caderninho que a gente leva nas viagens pra sair anotando o que comeu, aonde foi, se gostou ou não do restaurante? Nada mais é que o livro “Um Lugar Na Janela”, claro que somada a naturalidade e destreza que Martha tem de transmitir sentimentos em palavras.
Trechos Bacanas:
“(…) a nacionalidade de uma pessoa não deveria ser estabelecida por sua cidade de nascimento, e sim pelos locais pelos quais a pessoa se sentia atraída”
“Viajar é maravilhoso por inúmeros motivos. O melhor deles estava ali, acontecendo comigo naquela despedida do deserto. Sozinha em meio à vastidão de um panorama colossal, me sentindo personagem de uma pintura, me dei conta de como são especiais esses momentos silenciosos em que nada nos preocupa, nada nos abate. Em que nosso único e primordial dever é honrar o fato de ter nascido.”
“Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e capacidade de respeitar novos códigos de conduta. Viajar minimiza preconceitos. Viajantes não têm partido político, classe social, time de futebol, firma reconhecida no cartório, senhas decoradas na cabeça. Reciclam-se a cada manhã, quando acordam – e acordam, que benção, sem a tirania do despertador.”
“A liberdade é uma ilusão, eu sei. Ninguém é inteiramente livre, a não ser que não possua vínculos. Como qualquer pessoa saudável, não abro mão de laços afetivos, a vida seria muito árida sem amor. Desertos são fascinantes, mas não os emocionais, então tenho uma relação de profundo apego à família, aos meus amigos e ao meu coração, que de tempos em tempos bate forte por alguém, e essa turma estimula meu crescimento, mas para crescer juntos é preciso facilitar o encontro, o que me faz ter um endereço fixo.”
“Comprometer-se com o encantamento contínuo pela vida não impede desconfortos do coração, dívidas com o banco ou conflitos familiares, mas dá trégua pra alma.”
É uma leitura bem relax, aliás acho muito gostoso ler os textos que a Martha escreve, pra quem não consegue nunca chegar no fim do livro esse vai dar o efeito contrário 😉
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E alguém por ai já leu esse?
Beijos